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Festa junina



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Quem nunca teve um #machotóxico para chamar de seu? Sinceramente, eu rezo para que nunca tenha. Isso é uma daquelas coisas que a gente não deseja nem para o pior inimigo. Infelizmente, eu fui "presenteada" com um alecrim dourado desses.

Sempre que saíamos, parecia que estávamos a um passo de iniciar a Terceira Guerra Mundial. Não sei dizer o que causava o caos, qual o gatilho exato, mas uma simples saída se tornava motivo de batalha. Sério, não consigo nem lembrar o que exatamente transformava a fera.


Era junho e, em Brasília, o que a gente faz em junho? Festinha junina, claro! Eu amo. Daquelas bem tradicionais, com as tias dançando de latinha na mão, crianças soltando bombinha no chão, cachorro tentando roubar o churrasquinho do tio que já está para lá de Bagdá... eu gosto mesmo é da bagaceira.


Combinamos de ir a uma dessas festas. Eu estava na casa do meu Alecrim e, em algum momento do dia, acho que falei que não gostei de algo que ele disse. Coisa simples, normal de casal, sabe? Conversa foi, conversa veio, vida seguiu.


Chega a hora de nos arrumarmos para a festa. Eu lá, tranquila, me vestindo, e quando olho para trás... bom, o homem estava colocando uma meia vermelha, com bermuda amarela, tênis verde, camiseta rosa e um boné florido. Juro, parecia que eu estava vendo o Didi nessa fase “hypada” dele. Olha, o Alecrim era vaidoso, gostava de se vestir bem, às vezes com uns gostos questionáveis, mas aquilo? Não era possível.


Eu fiquei em choque. Minha cabeça gritava: "Meu Deus, que poha é essa?" Mas não disse nada. Achei que era zueira, que ele ia rir e se trocar. Mas o riso não veio, e o meu olho já estava arregalado o triplo do normal. Ele continuou sério, como se estivesse pronto para sair daquele jeito.


Eu pensei: "Seu corpo, suas regras." Entramos no carro, coloquei o cinto e, do nada, ele vira furioso pra mim e solta: "TU VAI ME DEIXAR SAIR ASSIM, JÉSSICA?"


Gente, eu travei.


Um homem de 30 e poucos anos, claramente se vestindo daquele jeito para me implicar, e ele ainda joga a culpa em mim por "deixar" ele sair daquele jeito?! Olha o nível do absurdo. Ele voltou pra casa furioso, chutando porta, batendo a mão, gritando: "Como você deixa eu sair assim? Você é louca, Jéssica?"


Eu? Louca? O cara se veste igual um carro alegórico de samba e eu sou a culpada?


Depois do escândalo todo, ele se trocou e finalmente saímos para a festa junina. E adivinhem? Ficamos 15 minutos por lá. O clima com o Didi, ops, com o Alecrim, estava péssimo, ele todo chateado com a namorada "desnaturada" que ele tinha.


No fim das contas, nem consegui comer uma maçã do amor. Seria o mais próximo desse sentimento que eu teria naquela noite ou, pensando bem, nos meus dias com ele. 




PS: Como essa é a primeira história de #machotoxico aqui no blog, eu queria mandar um salve para o meu ex, Alecrim. Ele detestava as histórias do meu passado. Não gostava de ouvi-las. Engraçado, né? O passado constrói quem somos no presente. Se fosse por ele, esse blog nunca teria saído. Mas olha como são as coisas... agora, você é meu passado.

Beijos. 💋




Alerta: 

Brincadeiras à parte, situações como essa podem parecer pequenas, mas são sinais de um comportamento abusivo. Manipulações emocionais, mudanças bruscas de humor, culpar o outro por suas próprias atitudes... tudo isso pode desgastar a autoestima e a saúde emocional de uma pessoa. Se você se reconhecer em uma relação assim, procure ajuda. Falar com amigos, familiares ou buscar apoio profissional pode ser o primeiro passo para sair de um ciclo tóxico. Você merece amor, respeito e paz.



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Leticia Mendes
Leticia Mendes
26 de set. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Que loucura né?!

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